EXTERMINADORES DA ESPERANÇA
Diminuir ou exterminar a esperança é exagerar na dose quando são apontados problemas e desafios. Os problemas são apresentados de forma a produzir medo, culpa, vergonha ou qualquer outro tipo de desconforto para motivar as pessoas pela dor.
Além do exagero, não há o cuidado de apresentar o que se faz ou que poderá ser feito para superar a dificuldade. Quando as pessoas são colocadas diante de problemas -- que representam sérias ameaças para a vida ou outra condição importante -- sem que percebam as soluções, e menos ainda o que possam fazer, acabam por se prostrarem. Concluem que não há solução no lugar de serem motivadas a agirem, ficam diante de séria limitação ao terem diminuída ou mesmo eliminada a esperança.
A abordagem dos problemas deve ser de tal forma que permita obter controle da situação no lugar de ser dominado por ela. O controle é obtido quando há equilíbrio na análise e apresentação do desafio, bem como pela indicação das possibilidades de soluções existentes ou potenciais.
Quando o interesse fica restrito ao problema as soluções não são percebidas. Isso é comum quando as pessoas se julgam vítimas e sem nenhuma responsabilidade pela causa do problema e menos ainda para buscar soluções.
Diante dos problemas pessoais agudos a busca de “um sentido para a vida” é recurso essencial. Há muitos exemplos de vida onde pessoas diante de sérias limitações conseguem superá-las por terem objetivos a serem alcançados, motivam-se por identificarem um propósito para a vida.
Ter um propósito na vida é motivar-se para mobilizar todos os recursos, enquanto o medo, culpa e vergonha pode levar ao desespero e à total ausência de esperança.
O exemplo de Helen Keller, que teve marcante participação no desenvolvimento das potencialidades dos cegos, surdos e mudos, é extraordinário. Ela nasceu com essas limitações e com a dedicação de sua professora, Anne Sullivan, conseguiu transformar-se num verdadeiro símbolo de superação e esperança.