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A LEI QUE PODE TRANSFORMAR NOSSA VIDA

 

           Jesus ensina: “a cada um será dado segundo suas obras”, conhecemos também esse ensinamento como “lei de causa e feito”, “lei do retorno” e “lei da semeadura”. Por essa lei aprendemos reconhecer a relação existente entre o que pensamos, falamos, fazemos e as consequências decorrentes do que fazemos.

           Assim se tomarmos, por exemplo, a lei da semeadura aprenderemos que aquilo que semeamos determina nossa colheita.  Combinando com a lei de causa e efeito teremos como causa as sementes plantadas e como efeito a colheita.

           O ensinamento de Jesus é importante. Ao refletirmos sobre ele perceberemos como ajustar nossos pensamentos, palavras e ação para alcançar os melhores resultados para nossa vida.

 

JUSTIÇA DIVINA

 

           Esta lei exprime de maneira magnífica a justiça divina porque se a cada um é dado segundo as suas obras isto significa que aquilo que colhemos em nossa vida tem como origem exclusivamente o que fazemos, ou seja, aquilo que semeamos.

           Há ainda hoje resquícios de nossa ligação com Deus através do medo. Deus é apresentado como um Vigilante disposto a punir nossas fraquezas e erros por menor que seja nossa infração. Esse entendimento também atribui propósito punitivo às Leis Divinas.  Sempre que infringirmos uma de Suas leis seremos punidos.

           Com essa percepção acreditamos que Deus aplica segundo seu critério e controle as punições merecidas por Seus Filhos e o mesmo se aplica para as recompensas distribuídas por Deus.

           Muitas vezes não tendo conhecimento das causas do porque determinadas dificuldades nos afligem ficamos a imaginar que Deus é arbitrário porque sem que reconheçamos responsabilidade alguma somos punidos. Daí a expressão “eu não fiz nada pra Deus para merecer punição”.

           O medo e o desconhecimento da lei de causa e efeito dificulta incorporarmos o ensinamento de Jesus sobre amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nos mesmos, bem como reconhecermos a origem de nossas dificuldades.

           Ao desconhecermos as causas de nossas dificuldades acreditamos ser vítimas.  Como vítimas enfrentamos dores e dificuldades sem reconhecer nenhuma responsabilidade por isso e acreditamos em causas criadas pelas pessoas ou situações fora de nosso controle. Vemos essa condição como injustiça e nos entreguemos à revolta eliminando a possibilidade de aceitação de nossa responsabilidade.

           Quando consideramos a lei “a cada um é dado segundo suas obras”, passamos a entender que as colheitas que fazemos em nossa vida, sejam elas boas ou não, sempre têm como origem aquilo que semeamos. Por outro lado, deixamos de ter medo de Deus por não ver Nele a origem de castigos e de qualquer constrangimento em nossa vida.

 

O PROPÓSITO DAS LEIS DE DEUS

 

           Modifica-se também nosso entendimento das Leis de Deus. Não há um Deus punitivo e tampouco encontramos em Suas Leis esse propósito. As Leis Divinas tem o propósito de amparar e orientar nossa vida e assim compreendermos porque Jesus disse: “nenhuma ovelha de meu rebanho se perderá”.

           Joanna de Angelis nos esclarece: “A Justiça Divina jamais embaraça ou impede o esforço daquele que deseja recuperar-se de quaisquer comprometimentos; antes oferece os recursos hábeis para que o desenvolvimento espiritual se expresse da melhor maneira possível, porque o amor viceja em todas as ocasiões e circunstâncias, facultando a realização dos magnos objetivos existenciais”.

 

ÊNFASE NOS RESULTADOS NEGATIVOS

 

           No tocante a lei da semeadura nota-se interesse de muitos em dar ênfase em possíveis colheitas negativas. Como exemplo dessa postura é comum ouvirmos: “quem semear vento colherá tempestade”. Há a valorização do medo como maneira de motivar as pessoas a se transformarem. Alerta-se, inclusive para consequências decorrentes de erros de vidas passadas e também sobre possíveis desdobramentos das punições em dolorosas reencarnações vindouras.

            Nós só semeamos coisas inadequadas em nossa vida? Não é assim, porque há muita semeadura boa. Podemos perguntar: o que acontece quando fazemos boas semeaduras? É evidente que colhemos o resultado disso que é uma colheita que nos traz satisfação, alegria e bem-estar.

 

PRINCIPAL OBJETIVO DE NOSSA VIDA

 

           Tanto Deus como Suas leis têm como propósito nos auxiliar, ajudar, permitir que possamos avançar na vida no sentido de conquistar o mais importante em nossas existências. O principal objetivo que buscamos em nossas vidas é paz interior, tranquilidade, felicidade e bem-estar. É isso que buscamos. E as Leis Divinas e Deus auxiliam para que possamos concretizar essas aspirações. O principal aspecto a ser considerado em relação à lei da semeadura é o benefício que ela nos permiti alcançar, leva-nos a reconhecer que teremos uma vida adequada quando nos dedicarmos a escolher as boas sementes e a semeá-las.

           Isso não significa que a vida fica isenta de dificuldades, de obstáculos que tenhamos que vencer. Mas, fica claro que os obstáculos e as dificuldades que precisamos vencer não são uma imposição e um castigo de Deus. Não é, portanto, esse entendimento que devemos dar. E qual é então?

 

ESCOLHAS EQUIVOCADAS E NOVAS OPORTUNIDADES

 

           O entendimento é que quando nossas experiências não forem bem sucedidas é porque fizemos escolhas equivocadas que nos trazem como resposta resultados desagradáveis.  A lei estabelece que tenhamos novas oportunidades para fazermos escolhas corretas. Fazer escolhas corretas não é sentir culpa pelo erro cometido e tampouco acreditar que as colheitas negativas servem para nos castigar. Boas escolhas permitem aproveitarmos as oportunidades que surgem em nossa vida e tem como propósito o desenvolvimento de capacidade para superar as deficiências.

           Vamos supor que nossa escolha tenha marca do egoísmo.  Qual será a oportunidade, qual será a lição que a vida vai nos ensejar segundo a lei de Deus? O mal estar causado por nosso egoísmo como pode ser superado? Abafando, sufocando o egoísmo? Não, no lugar de reprimir o egoísmo cabe desenvolver a virtude do altruísmo. A oportunidade é realizar a semeadura correta. Não há como desfazer-se da semeadura antiga, o resultado já foi colhido, porém na próxima semeadura podemos fazê-la de forma correta.

 

AS DIFICULDADES SÃO AVISOS

 

            As dificuldades sempre surgem como aviso de que nossa ação não foi correta. Quem sabe um exemplo associado a nossa saúde possa esclarecer melhor.

           Quando surge uma dor em nosso físico será que a finalidade é nos punir? Ou vem para alertar sobre algo que não está bem em nosso físico? 

           Ao considerarmos a dor iremos até um médico que fará a verificação do que está acontecendo, identificará a causa e oferecerá indicação da terapia que possa superar o desconforto.

           A dor não é punitiva e sim um recurso de proteção porque se não houvesse ela não teríamos condição de saber que alguma coisa não está bem em nosso organismo.

           Nossos equívocos de natureza moral, envolvendo comportamentos e atitudes não trazem dores físicas como consequência, mas o mal estar interior.

           Podemos observar com atenção que quando fazemos alguma coisa boa, que tenha beneficiado alguém nos sentimos bem, aliviados, leves. Por outro lado quando nossa ação é equivocada nos sentimos de forma negativa e o mal estar interior nos visita. É uma dor de natureza psicológica, moral. Como metáfora podemos dizer que são dores da alma.

           Quando elas vêm é para nos alertar que as escolhas equivocadas de comportamento e de atitudes é que trazem o desconforto. Procuremos nos orientar no sentido de que a atitude, o comportamento e as ações possam ter a qualidade de uma boa semente a ser plantada.

 

O QUE É A SEMEADURA

 

           Nessa altura cabe-nos considerar o que devemos entender por semeadura. Nossas semeaduras decorrem tanto daquilo que fazemos, como do que falamos e também do que pensamos. 

           Especialmente devemos dar grande importância para aquilo que pensamos. Na base do que falamos e de nossas ações sempre iremos encontrar um pensamento. Se tivermos o cuidado de fazer que nossos pensamentos possam representar uma boa semente isso vai nos levar também a melhorar a semeadura de nossas palavras e de nossas ações.

 

COMO ESCOLHER BOAS SEMENTES

 

           Há possibilidade de nos valermos de ensinamento de Jesus para facilitar a escolha de nossas sementes.

           Às vezes fazemos coisas equivocadas e por uma visão também equivocada justificamos como se aquilo fosse uma coisa boa que estamos fazendo. Mas, há um teste que podemos fazer para verificar se aquilo que estamos fazendo através de nossas ações, palavras e pensamentos é uma semente que irá nos assegurar uma colheita adequada.

           Aquilo que fazemos ao outro é algo que gostaríamos de receber para nós mesmos? Aquilo que falamos a respeito das pessoas é algo que gostaríamos que falassem a nosso respeito? Aquilo que pensamos a respeito das pessoas é algo que apreciaríamos que as pessoas pensassem a nosso respeito?

           Se a resposta for sim estaremos agindo, falando e pensando de maneira que fazemos aos outros o mesmo que queremos para nós próprios.  Esta é uma indicação que a escolha da semente é uma escolha correta.

           Qual é o ensinamento que nos traz essa capacidade de escolhermos boas sementes? É aquele que Jesus diz para fazermos aos outros o mesmo que queremos para nós.

 

TEMOS O CONTROLE DE NOSSA VIDA

 

           A lei que diz que a cada um será dado segundo suas obras é de uma importância fundamental em nossa vida, leva-nos a compreender que Deus é Pai, não tem o propósito punir, criar dificuldades, muito pelo contrário. Mostra-nos que a responsabilidade por aquilo que acontece em nossa vida quer sejam coisas boas ou inadequadas são nossas obras, nós as realizamos através de nossas semeaduras, as ações que trarão como reação o resultado bom ou inadequado.

           O importante é atribuirmos maior relevância para esse ensinamento em seu aspecto positivo, temos a possibilidade de fazermos de nossa vida algo sensacional pela escolha e plantio das boas sementes.

           A lei leva-nos a reconhecer que temos o controle de nossas vidas. Podemos fazer delas aquilo que desejarmos.

           Aqueles que querem atribuir as dificuldades da vida como responsabilidade de terceiros e colocam-se com vítimas revoltam-se e não tomam as atitudes corretas e aprofundam o mal estar interior. Não assumem, portanto, o controle de sua existência.

           Reflita sobre a importância do ensinamento de Jesus: “a cada um será dado segundo suas obras”.

A lei que pode transformar nossa vida - Unknown Artist
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