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COMPETÊNCIA PARA EXECUTAR TAREFAS, COMUNICAR E CONVIVER 

CompetĂȘncia para executar tarefas, comunicar e conviver - Unknown Artist
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           A capacitação para a vida compreende a aquisição de habilidades que permitem executar tarefas, comunicar-se e conviver harmoniosamente com as pessoas.

            HĂĄbil Ă© quem tem uma disposição de espĂ­rito e de carĂĄter que o torna particularmente capaz de resolver as situaçÔes que se lhe apresentam ou para agir de maneira apropriada aos fins a que visa. 

 

TAREFAS

 

            Tarefas sĂŁo as coisas que fazemos. A do pedreiro Ă© construir edifĂ­cios, do eletricista cuidar das instalaçÔes elĂ©tricas, do mĂ©dico e dentista cuidarem da saĂșde das pessoas. Elas tambĂ©m sĂŁo encontradas no lar onde os pais tĂȘm importantes incumbĂȘncias na educação dos filhos e manutenção da casa.  Nas mais diferentes organizaçÔes como igrejas, instituiçÔes culturais, econĂŽmicas e sociais, alĂ©m de muitas outras sempre haverĂĄ tarefas para serem realizadas.

            NĂŁo hĂĄ dificuldades em reconhecer as alternativas para desenvolver as habilidades necessĂĄrias na execução das tarefas.  Assim, se alguĂ©m quiser dirigir um automĂłvel nĂŁo terĂĄ a menor dificuldade para concretizar esse propĂłsito porque sabe que deve procurar uma autoescola, receber as aulas necessĂĄrias, estudar o cĂłdigo de trĂąnsito e ser submetido a exame. Cumpridas essas etapas, serĂĄ obtida a habilidade necessĂĄria.  

 

APERFEIÇOAMENTO CONTÍNUO

 

            O aperfeiçoamento contĂ­nuo das habilidades que precisamos para executar nossas tarefas Ă© importante. HĂĄ a fase da vida que ocupamos os bancos escolares para nossa preparação nos mais diferentes campos de atividades.  No lugar de uma fase de preparação as condiçÔes atuais apontam para a necessidade de empenho continuado no aperfeiçoamento de nossas habilidades, bem como na aquisição de outras.

            Os tempos atuais trazem novas possibilidades e exigĂȘncias segundo uma dinĂąmica de mudanças constantes, por isso os conhecimentos precisam de permanente atualização sob pena de serem ultrapassados.

            Quando nos aplicamos em favor de nossa qualificação Ă© natural que façamos disso tambĂ©m uma fonte de satisfação. Todos ficam gratificados quando percebem o reconhecimento da qualidade do que fazem e tĂȘm a autoestima favorecida por elogios recebidos.

 

HABILIDADE NA EXECUÇÃO DE TAREFAS NÃO É CONDIÇÃO SUFICIENTE

 

            Sermos habilidosos na execução das tarefas nĂŁo Ă© condição suficiente para que sejamos bem sucedidos em nossas vidas. AlĂ©m dessa habilidade Ă© necessĂĄrio sermos capazes de estabelecer comunicação eficiente com as pessoas e manter uma convivĂȘncia harmoniosa com quem nos relacionamos.

            Na vida profissional Ă© comum encontramos situaçÔes que merecem consideração. Tomemos como exemplo um operador de uma empilhadeira que exige certa capacitação para ser movimentada em armazĂ©ns e nas fĂĄbricas. O bom operador de empilhadeira pode ser promovido a supervisor, assim deixarĂĄ essa tarefa para dirigir uma equipe. Pode acontecer que venha a ser um fracassado porque a habilidade que irĂĄ necessitar nĂŁo serĂĄ mais de operador. Ainda que essa habilidade seja importante para orientar seus subordinados a operar as empilhadeiras, torna-se fundamental a sua capacidade de relacionar-se com as pessoas. 

 

A HABILIDADE MAIS IMPORTANTE

 

            Qual Ă© a habilidade mais importante para que o sucesso seja alcançado? SerĂĄ a que permite executar tarefas ou a de relacionamento que compreende as capacidades de comunicação e convivĂȘncia?

            Pesquisas demonstram que a habilidade de relacionamento tem o dobro de importĂąncia quando comparada com a habilidade de executar tarefas. Isso deixa claro que para alcançar qualificação em nossa vida Ă© necessĂĄrio obter condiçÔes favorĂĄveis naquilo que fazemos, mas tambĂ©m na maneira de nos relacionarmos com as pessoas.

            Relacionamento saudĂĄvel Ă© o fator mais importante para se sair bem em qualquer ĂĄrea da vida. LĂ­deres, empreendedores, professores, religiosos, pais e filhos serĂŁo bem sucedidos se forem mestres em relacionamentos. O que vemos com frequĂȘncia sĂŁo desencontros que dĂŁo origem a relacionamentos complicados e neurĂłticos, atĂ© a convivĂȘncia consigo mesmo Ă© pautada mais pelas divergĂȘncias que por um estado de harmonia.

            O mestre em relacionamento se faz amigo de muitos. Ele toma a iniciativa e nĂŁo mede esforços para criar vĂ­nculos de amizade. Como consequĂȘncia acaba por ter muitos amigos. Mas a orientação bĂĄsica Ă© primeiro se fazer amigo para depois colher a amizade das pessoas.

 

ONDE ENCONTRAR CURSOS SOBRE HABILIDADE NOS RELACIONAMENTOS

 

            Se de um lado Ă© fĂĄcil encontrar cursos para o aprendizado de habilidades requeridas na execução de tarefas, o mesmo nĂŁo acontece quando o interesse Ă© buscar habilidades de relacionamento.

Essa ausĂȘncia de cursos talvez seja resultado do fato de nĂŁo ser percebida de uma maneira efetiva que relacionar-se Ă© uma habilidade.

            Reconhecemos a existĂȘncia de habilidades nas atividades dos pedreiros, encanadores, mĂșsicos, mĂ©dicos e de tantos outros, porĂ©m a habilidade de relacionar-se Ă© algo que nĂŁo percebemos bem por desconhecermos os elementos que fundamentam essa capacidade.

 

AUSÊNCIA DE CONHECIMENTO SISTEMATIZADO

 

            A vida ensina atravĂ©s de vĂĄrias situaçÔes procedimentos que podem ser favorĂĄveis e outros desfavorĂĄveis nos relacionamentos, mas os comportamentos e as atitudes sĂŁo regidos mais pelas circunstĂąncias e humores de cada momento. Mal comparando, Ă© algo semelhante a um mĂșsico que aprende a tocar seu instrumento sem ter o auxĂ­lio dos cursos encontrados nos conservatĂłrios musicais.

            A ausĂȘncia de percepção clara que relacionar-se Ă© uma habilidade impede tambĂ©m o reconhecimento da importĂąncia do treino dos fundamentos requeridos.

            Ao observar, por exemplo, alunos de balĂ© e atletas nos treinos que realizam percebe-se que os fundamentos sĂŁo repetidos atĂ© a exaustĂŁo. Aos poucos e depois de bastante empenho os aprendizes adquirem a competĂȘncia no que pretendem fazer. A aquisição da competĂȘncia nos fundamentos das habilidades nos relacionamentos necessita de procedimento idĂȘntico.

 

RECONHECER A IMPORTÂNCIA DOS RELACIONAMENTOS

 

            Se nĂŁo hĂĄ cursos e nĂŁo temos uma visĂŁo muito clara da prĂłpria importĂąncia da habilidade de relacionamento que nem reconhecemos como habilidade , o que fazer entĂŁo?

            Começar por reconhecer a importĂąncia de saber relacionar-se de forma conveniente. Para facilitar o reconhecimento podemos realçar dois objetivos bĂĄsicos que podem ser alcançados quando hĂĄ competĂȘncia nos relacionamentos: conquistar amigos e influenciar as pessoas.

 

CONQUISTAR AMIGOS

 

            Conquistar amigos Ă© de fato extremamente importante porque o amigo pode ser seu filho, cĂŽnjuge, irmĂŁo, pai, mĂŁe, pessoa que trabalha consigo alĂ©m de outras pessoas encontradas nas diversas possibilidades de convĂ­vio que a vida em sociedade enseja.

            Teremos facilidades nas atividades profissionais que exercemos quando podemos contar com uma significativa rede de amizades ou “networking”. Networking Ă© a uniĂŁo dos termos em inglĂȘs "Net", que significa "Rede"; e "Working", que Ă© "Trabalhando". O termo, em sua forma resumida, significa que quanto maior for a rede de contatos de uma pessoa, maior serĂĄ a possibilidade de ela conseguir uma boa colocação profissional.

            Redes de relacionamentos profissionais podem nĂŁo compreender pessoas amigas, mas pelo menos nos consideram e tĂȘm algum tipo de interesse em cultivar esse vĂ­nculo.  

 

INFLUENCIAR AS PESSOAS

 

            Influenciar as pessoas Ă© fundamental porque se observarmos as coisas que necessitamos, geralmente  elas vĂȘm atravĂ©s de alguĂ©m. Para que possamos conseguir aquilo que nos importa, se tivermos a capacidade de influenciar as pessoas de maneira adequada seremos muito mais bem sucedidos.

            Quando a influĂȘncia segue a “lei de ouro” que diz para fazer aos outros o mesmo que desejamos para nĂłs, ela Ă© harmoniosa e aumenta a possibilidade em que as solicitaçÔes sejam pedidos e nĂŁo exigĂȘncias.

            Vamos supor que sejamos um supervisor numa empresa onde dirigimos uma equipe que deve realizar as tarefas esperadas que sejam feitas. Como iremos conseguir isto? Existe o estilo capataz para obter “na marra”, faça o que quero ou serĂĄ demitido. Faça as coisas bem feitas ou poderĂĄ haver desconto em seu  salĂĄrio ou ficar sujeito a outras puniçÔes. Mas existe outra forma em que as pessoas nĂŁo apenas farĂŁo as coisas solicitadas como tambĂ©m atenderĂŁo de bom grado. Isso requer que o relacionamento seja pautado pela amizade e que haja disposição de estabelecer parcerias. Com as parcerias todos terĂŁo benefĂ­cios ou pelo menos a gentileza estarĂĄ presente. 

 

ESTUDO E TREINO

 

            Quando falamos de habilidades temos que chegar a pontos que permitam o exercĂ­cio atravĂ©s da repetição atĂ© transformar aquilo numa habilidade que iremos usar sem dificuldades.

            Considere um importante fundamento, como exemplo: saber ouvir. É reconhecer a importĂąncia de saber ouvir como objetivo de compreender o que o interlocutor fala. Permitir que  o outro fale sem interrupçÔes. O diĂĄlogo interior tambĂ©m deve ser evitado para que a atenção esteja inteiramente voltada Ă quele que fala. Concentrar-se em ouvir apenas ouvir.

 

LIVROS QUE PODEM AJUDAR

 

            Livros que podem ajudar nesse tipo de estudo: “Vencendo com as Pessoas”, de John C. Maxwell, e “Os Sete HĂĄbitos das Pessoas muito Eficazes”, de Stephen R. Covey.

            Merece destaque especial o livro “Como Conquistar Amigos & Influenciar Pessoas”, de Dale Carnigie, escrito em 1937, com mais de 50 milhĂ”es de exemplares vendidos. Nesse longo perĂ­odo o livro foi atualizado e aperfeiçoado. Sua leitura Ă© agradĂĄvel e deve ser considerado como fonte de estudo permanente e nĂŁo para simples leitura e depois ser deixado na estante.

            Outro recurso Ă© nas livrarias pedir livros que abordam questĂ”es de relacionamentos. Leia as “orelhas”, o sumĂĄrio, o prefĂĄcio e a apresentação. Sempre acontece que alguma coisa de nosso interior diz “este Ă© o livro”. Foi dessa forma que comecei a me aprofundar nesse tema porque nĂŁo tive oportunidade de fazer algum curso, pois como jĂĄ destaquei nĂŁo existem cursos voltados para o desenvolvimento dessa habilidade.

 

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