O PRÓXIMO MAIS PRÓXIMO
O mais importante ensinamento de Jesus é: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Próximo é toda a humanidade sem qualquer exclusão, compreende até adversários e inimigos. Também é certo reconhecer o próximo nas diversas formas de vida como os animais e os vegetais.
É bom lembrar, ainda, que o amor ao próximo compreende amarmos a nós mesmos. Quando somos capazes disso, alcançamos plenas condições de dedicar amor ao próximo e assim alcançar harmonia com a criação de Deus, condição que nos capacita amar o Criador.
Para realizar o ensinamento de Jesus, superação e doação são condições a serem preenchidas ao longo de nossas oportunidades encarnatórias e em nossa permanência no plano espiritual. É uma tarefa desafiadora, mas capaz de oferecer a maior recompensa na vida, que é a felicidade.
As mais efetivas condições para o exercício do amor ao próximo são encontradas no ambiente familiar. Podemos dizer que as pessoas encontradas nesse ambiente representam o que podemos chamar de nosso próximo mais próximo.
FAMÍLIA
A família com suas oportunidades e dificuldades favorece o aprimoramento da vida em comum de cônjuges, pais, filhos, irmãos, noras, genros e demais parentes.
A reunião de pessoas em um mesmo núcleo familiar acontece segundo compromissos e necessidades de natureza espiritual. Nessa ocasião são examinadas oportunidades de crescimento espiritual mediante desenvolvimento de novas capacidades de relacionamento e pela superação de dificuldades registradas em vidas anteriores. Com esse propósito, as pessoas assumem compromissos para que a encarnação ocorra no mesmo núcleo familiar como cônjuges, pais, filhos ou outro grau de parentesco.
A maior parte das famílias surge pela necessidade de vencer dificuldades e poucas decorrem de afinidades já conquistadas. Isso explica porque a maioria dos lares são cenários de difícil convivência.
A condição de formação das famílias por compromissos assumidos no plano espiritual e as dificuldades naturalmente encontradas precisam ser consideradas para que haja sucesso. Muitas vezes diante das dificuldades se diz: eu não pedi para nascer. Nada mais equivocado. As oportunidades encarnatórias são de tal importância e o correto é dizer que até imploramos para que isso aconteça.
A nossa responsabilidade na família é contribuir de todas as maneiras para que as dificuldades de convivência sejam superadas. O nosso sucesso será pleno quando conquistarmos os familiares como nossos melhores amigos.
LIVRO “SINAL VERDE”
O livro “Sinal Verde” de André Luiz, psicografado por Francisco Candido Xavier, oferece recomendações capazes de orientar comportamentos e atitudes no ambiente familiar. Nos capítulos 4, 5 e 6, podem ser apreciadas as recomendações apresentadas a seguir.
O lar é nossa melhor oportunidade
O lar é nossa principal oportunidade de aprender e incorporar hábitos e atitudes que nos capacitem amar. Se você não sabe tolerar, entender, abençoar ou ser útil a oito ou dez pessoas do ninho doméstico, de que modo cumprir os seus ideais e compromissos de elevação perante a humanidade? A parentela é um campo de aproximação, jamais cativeiro.
Para favorecer uma atmosfera de paz e harmonia
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Nunca fale aos gritos, abusando da intimidade com os entes queridos.
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Utilize os pertences caseiros sem barulho, poupando o lar do desequilíbrio e perturbação.
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Abstenha-se de comentar assuntos escandalosos ou inconvenientes.
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Em matéria de doenças, fale o estritamente necessário.
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Converse edificando a harmonia
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Se você tem pressa de sair, atenda ao seu regime de urgência com serenidade e respeito, sem estragar a tranquilidade dos outros.
Seja solução no lugar de ser problema
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Aprenda a servir-se, tanto quanto possível, de modo a não agravar as preocupações da família.
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Quantas vezes um problema aparentemente insolúvel pede tão somente uma palavra calmante para ser resolvido?
Elogios no lugar de críticas
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Procure algum detalhe caseiro para louvar o trabalho e o carinho daqueles que lhe compartilham a existência.
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Não se aproveite da conversação para entretecer apontamentos de crítica ou censura, seja a quem seja.
Entre cônjuges - Reconhecer, respeitar e valorizar as diferenças
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É preciso reconhecer a diversidade dos gostos e vocações daquele ou daquela que se toma para compartilhar-nos a vida.
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Não deprecie os ideais e preocupações do outro.
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Antes de observar os possíveis erros ou defeitos do outro, vale mais procurar-lhe as qualidades e dotes superiores para estimulá-los ao desenvolvimento justo.
Experiência doméstica
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Aprendamos a ouvir sem interromper os que falam à mesa doméstica, a fim de escutar com segurança as aulas da vida.
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Aconselhe a criança e ajude-a na formação espiritual, isso é obrigação de quem orienta, mas respeite os adultos em suas escolhas, porque os adultos são responsáveis e devem ser livres nas próprias ações, tanto quanto você deseja ser livre em suas ideias e empreendimentos.
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O lar é um ponto de repouso e refazimento, nunca mostruário de móveis e filigranas, conquanto possa e deva ser enfeitado com distinção e bom gosto, tanto quanto possível.